Seria infeliz dizer que tudo o que acontece hoje no Brasil é alegria. Em quase todas as áreas ou temas discutidos na mídia, existem momentos de euforia e descontração, ou também de angústia e mágoa. Um fato marcante debatido e reportado são as enchentes no norte e no nordeste brasileiro. Milhares de desabrigados, uma das piores e maiores enchentes ocorridas nas áreas predominadas pela seca, muitas vezes utópica pelos sertanejos cearenses e interioranos da caatinga. Usada por muitos políticos como estratégia de campanha, as áreas secas acabaram se tornando grandes campos alagados, pessoas desabrigadas buscando algum lugar para ficar, enquanto políticos que cantavam de mágicos nas últimas campanhas não imaginariam que seriam tão séria a situação atual nordestina.
Olhando um país tão grande e tão bem distribuído territorialmente, o Brasil peca em mostrar faces de uma riqueza destruída por falta de planejamento de políticos que sempre aparecem no cenário nacional. O país do futebol, o país do carnaval, hoje se curva as terríveis mal feitorias de interesseiros sugadores de verbas públicas, que nem sempre se contentam com as viajens bancadas pelo governo, pelos apartamentos recém-reformados, com gastos exorbitantes, tudo pago pelo mesmo contribuinte que hoje amarga a triste e revoltada situação de alagados no nordeste.
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