Fato real: "Vitali Mitiujin, um autentico cidadão russo, morador da cidade de Arjanguelsk, possui uma terrível disfunção térmica: o nível celular que o impede de expor-se ao sol e ao calor. Na sua casa, possui quatro frigoríficos e dez aparelhos de ar-condicionado que corrigem a temperatura da casa até 5 graus centígrados. Mitiujin ainda se dá ao luxo de possuir três mulheres e filhos, declarou Mitiujin a um repórter de um jornal local".
Praticamente, Mitiujin nunca conhecerá os termas de águas quentes espalhados pelo mundo, nem mesmo passará o verão carioca em épocas de carnaval e nem mesmo poderá conhecer o vulcão Etna, na Itália. Apesar do comentário ser sarcástico, a disfunção de Vitali Mitiujin não proíbe de perpetuar a espécie humana. Basta saber se seus progenitores não terão temperamentos frios ou futuros "serial killers", facilmente reconhecidos pela frieza.
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Repórter de Guerra
Só nos últimos 15 anos morreram, em todo o mundo, pelo menos 1.300
profissionais da comunicação em palcos de guerra. Muitas vezes o interesse
em querer estar próximo da notícia confina com a própria morte.
Robert Capa, que recebeu reputação como fotógrafo de guerra depois de
mostrar vários conflitos, morreu na Indochina no conflito que opunha os
rebeldes de Ho Chi Mhin ao exército colonial francês, devido a ferimentos
causados por uma mina anti-pessoal. Diz-se que foi vítima da sua própria
máxima: “se as tuas fotografias não são suficientemente boas é porque não
estás suficientemente perto”.
De acordo com a Federação Internacional de Jornalistas (IFJ) em 2007
foram mortos 171 jornalistas no desempenho da sua profissão durante os
mais variados conflitos. Destes, e a título de exemplo, 65 pereceram no
Iraque, 17 no Paquistão e Somália, 5 no Afeganistão e 3 Sri Lanka.
Segundo esta Federação só no Iraque, e desde a invasão norte-americana de
2003, foram mortos 204 destes profissionais.
Invasão do Iraque em 2003 pelo Estado Americano.
Dia 20 de março de 2003. Forças unidas, até então chamadas de Coalisão, lideradas por tropas americanas e inglesas invadem o Iraque, em uma ofensiva terrerstre através do Kuwait, seguidas de um bombardeio à Bagdá de mísseis e bombas. Talvez para muitos possa não significar nada, mas foi, para a imprensa, o maior de todos os momentos: a primeira guerra transmitida ao vivo.
Uma guerra de baixo consenso em termos mundiais que contribuiu para pluralizar o espectro da cobertura jornalística, permitindo a circulação de vozes e enquadramentos ausentes em outros ataques e invasões. A cobertura deste conflito fez com que se moldasse em quatro estruturas fundamentais: o militar, o econômico, o humanista e o político. Nesse esforço, Estados Unidos e Inglaterra ganharam muita visibilidade na manipulação do sentido de controlar a imprensa livre. A própria manipulação e a repercussão negativa dos fatos sinalizaram a estratégia fatídica de manter a legitimidade americana. O fracasso em integrar eficazmente os meios de comunicação de massa entre os esforços em favor do desenvolvimento foi fartamente abordado na literatura de pesquisa (Asante, 1997; Bratic, 2006). Importações massivas de tecnologia ocidental, de estruturas, conteúdos e práticas profissionais para o Terceiro Mundo foram benéficas às elites políticas e econômicas estrangeiras e locais, muito mais que aos grupos necessitados e indivíduos cujo bem-estar fora o objetivo formal de esforços desenvolvimentistas.
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